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Bacia do Rio Doce terá nova rede de monitoramento

A bacia hidrográfica do Rio Doce ganhou uma nova rede de monitoramento da qualidade da água. O programa vai acompanhar a recuperação do rio, da zona costeira e da região do estuário, além de apontar fatores relacionados à biodiversidade e presença de metais na água, por exemplo.

O rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana (MG), em 5 de novembro de 2015, causou um dos maiores desastres ambientais da história do Brasil e deixou pelo menos 11 mortos, 12 desaparecidos e mais de 600 desabrigados. Os 62 milhões de metros cúbicos de lama despejados morro abaixo – que poderiam encher 25 mil piscinas olímpicas - percorreram um trajeto de mais de 500 quilômetros pelo leito do rio Doce, desaguando no mar do Espírito Santo e causando destruição por onde passou.


Passado mais de um ano e meio do desastre, e com as águas do Rio Doce bastante comprometidas, a bacia hidrológica ganha 56 pontos de monitoramento: 35 em Minas Gerais e 21 no Espírito Santo. Os dados desse programa vão começar a ser divulgados a partir de novembro. Depois disso cada tipo de análise terá uma periodicidade específica de divulgação.


Serão investidos nesse programa R$ 4,4 milhões somente na instalação das estações. Além disso, outros R$ 2 milhões anuais serão aplicados na operação e manutenção dos equipamentos. Os custos são de responsabilidade da Fundação Renova, que executa as ações de reparações de danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão.


As análises vão poder apontar se as ações de reparação de danos ambientais estão surtindo efeito. Segundo o especialista de recursos hídricos da Agência Nacional de Águas (ANA) e coordenador da Rede Nacional de Monitoramento de Qualidade de Água, Maurrem Vieira, poucos países no mundo possuem o tipo de monitoramento implantado no Rio Doce.


O “Programa de Monitoramento Quali-Quantitativo Sistemático de Água e Sedimentos” vai ajudar, entre outras coisas, a direcionar ações de recuperação, resgate e preservação de acordo com as necessidades das pessoas, da região e do Rio.


Rio Doce recebeu milhões de metros cúbicos de lama de minério provenientes de barragem da mineradora Samarco que se rompeu contaminando todo o leito do Rio. Este foi o maior desastre ambiental do Brasil.

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MENSAGEM DOS ORGANIZADORES

Maurício Scalon

Coordenador Geral do Fórum Nacional de Comitês

de Bacias - FNCBHS

É com grande entusiasmo que o Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas anuncia a realização da 26ª edição do ENCOB - Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas, que acontecerá, entre os dias 08 e 13 de setembro de 2025, na cidade de Vitória, Espírito Santo.

Sob o tema “Emergência Climática: Povos e Territórios – Água é o que nos une”, o ENCOB 2025 será um espaço privilegiado para refletirmos sobre os impactos das mudanças climáticas nos territórios e modos de vida, e para fortalecermos, juntos, a governança das águas como eixo estruturante de adaptação, justiça ambiental e desenvolvimento sustentável.

A exemplo das edições anteriores, o ENCOB se consolida como o maior evento brasileiro sobre gestão participativa dos recursos hídricos, promovendo o diálogo entre comitês de bacia, gestores públicos, usuários, sociedade civil, academia e demais setores envolvidos na construção de soluções para os desafios da água no Brasil.

Estamos organizando esta edição com muito cuidado, empenho e espírito de colaboração, em articulação com o Governo do Estado do Espírito Santo e com o apoio de pessoas comprometidas com a gestão democrática das águas. A programação será ampla, dinâmica e inclusiva, com painéis, oficinas, exposições, atividades culturais e momentos de integração voltados à troca de experiências, à capacitação e à mobilização dos mais de 240 comitês de bacias hidrográficas instituídos no país.

O sucesso das edições anteriores nos inspira a seguir fortalecendo o SINGREH - Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos - e a promover um encontro que represente, verdadeiramente, os anseios e as conquistas da gestão participativa no Brasil.

Contamos com a presença e o engajamento de todos os membros dos comitês de bacia e demais parceiros dessa causa comum: a água, que nos une e nos move.

 

Nos vemos em Vitória! Forte abraço!

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