
O 8º Fórum Mundial da Água, realizado em março de 2018 em Brasília, ultrapassou todas as expectativas. A maior edição da história superou em 75% o público de edições anteriores. O custo do evento foi reduzido, gerou milhares de empregos, estimulou o comércio local e, acima de tudo, proporcionou o conhecimento às futuras gerações.
A conclusão é do Relatório Final do 8º Fórum Mundial da Água, divulgado pela Agência Nacional de Águas (ANA). O evento internacional foi realizado pelos governos Federal e do Distrito Federal, representados respectivamente pela ANA e pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), com o apoio do Conselho Mundial da Água.
O 8º Fórum Mundial da Água, com o tema “Compartilhando Água”, contou com a presença de 12 chefes de Estado, 56 ministros e 134 parlamentares de 20 nações. Reuniu em uma semana (de 18 a 22 de março) 120 mil pessoas de 173 países. Do total de participantes, 10,6 mil eram congressistas. Os 109 mil restantes puderam debater e vivenciar experiências na Vila Cidadã, espaço público, inédito e gratuito, com atividades lúdicas e interativas relacionadas à água e ao meio ambiente. Do total de visitantes, 59,2 mil eram crianças e jovens.
A edição brasileira trouxe outras inovações: a participação do Judiciário no debate e a plataforma Sua Voz, espaço online de consulta aberta às pessoas de todo o mundo, para contribuírem com os temas em discussão no evento. O sistema permitiu o acolhimento de 2.400 contribuições.
Os principais temas debatidos giraram em torno de pautas relacionadas ao clima, financiamento; saneamento e saúde; gestão de recursos hídricos e resíduos sólidos; qualidade da água, ecossistema e biodiversidade; compartilhamento de ideias; capacitação e transferência de tecnologia e a governança da água para o desenvolvimento sustentável.
O evento propiciou também a geração de 2.500 empregos diretos e 5.500 indiretos. Teve uma redução de 15% nos custos, financiados com recursos do próprio encontro internacional, com a venda de inscrições, de espaço, e cotas de patrocínio.
Os conteúdos do Fórum alcançaram, no âmbito internacional, mais de 224 milhões de pessoas, por meio das mídias de comunicação. No Brasil foram 58 milhões, segundo o relatório da ANA.
“Foi possível discutir novos passos a serem dados para o consumo consciente da água, difundir políticas públicas a serem implantadas no Brasil e no mundo, e mais do que isso, chamar a atenção da população mundial para a necessidade de preservação, conscientização, sustentabilidade e controle dos recursos hídricos”, observa o documento.
O encontro internacional formalizou compromissos, firmados em cinco declarações. A principal delas, segundo o relatório, é a Declaração Ministerial. Nela, ministros e chefes de delegação reconhecem a necessidade urgente de recursos para investimentos em gestão integrada e sustentável da água, especialmente para os países em desenvolvimento, e reforçam a necessidade urgente de respeitar o direito à água aos seres humanos, independente da sua situação e localização.
Na avaliação da ANA, cada recurso investido obteve um retorno seguro de curto, médio e longo prazos. “O 8º Fórum Mundial da Água foi um marco para o Brasil e para o mundo, deixando como legado o compromisso de continuar transformando as pessoas com relação ao uso e preservação da água”, conclui.
A próxima edição do Fórum Mundial da Água será em 2021, em Dakar, no Senegal, com o tema “Segurança Hídrica para a Paz e o Desenvolvimento”.